O amor é inefável.
Os crisântemos são eternos por causa do amor.
A gente sua estrelas quando ama.
Isto não é sexo, mas poesia.
Isto não é poesia, é registro de maravilha.
Amar é adoração, divindade, êxtase.
Ficamos tão estúpidos quando amamos,
que nem percebemos.
Eu quero tocar os guizos da alegria.
O amor é um banquete. É um sino dentro dos olhos.
O amor quebra vidraças. Estamos moendo estrelas.
O amor é alto. Conhecemos o amor como diamante.
A Via-Láctea chove sobre nós. Pisamos as brasas do amor.
Limões explodem. Somos verdes com o sumo por toda a pele.
Laranjas e estrelas dançam no alto. Poalha levíssima chove sobre nós.
A mão do pilão socando até o êxtase. A mão do pilão como o coito.
Coito, essa palavra bonita. Os teus lábios são bonitos. Vermelhos.
Colho mel entre as tuas pernas com os marimbondos vermelhos.
O nome de Deus é o verbo, o nome do amor é um corpo.
Nomeio o meu cavalo como nomeio o amor: corpo.
Amor natural como o êxtase
do corpo no corpo.
O amor inventa
a morte.
O universo se ajoelha
diante do amor.
Não existe nada antes do amor.
Nem depois.
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À maneira de Manuel Bandeira, que fez o poema "Antologia" com seus versos mais significativos, fiz este poema-antologia com versos do livro "Poemas
de amor", Joarte Editora, Bauru, SP, 1999. Li-o em público algumas vezes, por ocasião do lançamento do livro; agora, lembrei-me de que não o mostrara para ser lido.
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13 comentários:
Meu querido Poeta
Adorei o seu poema.
Ficamos tão estúpidos quando amamos,
que nem percebemos.
Só percebemos por vezes muitos anos mais tarde.
Beijinhos com carinho
Sonhadora
Brandão,
O poema-antologia flui como Unidade. O amor confere esta coesão.
Abraços.
Não haveria outro frêmito
senão o amor.
forte abraço,
meu amigo.
Aqui um prazer estético esperado, e mais do que confirmado!
Abraço.
Simplesmente maravilhoso! Me senti nas nuvens com todo esse amor!
:)
Beijos
Brandão, totalmente arrebatada pelo poema, a delícia das estrofes, o amor em êxtase, bichos soltos, poesia que circula em alta tensão. Ai, ai..
bj.
José Carlos!
Belíssimo! Gostaria de vê-lo declamando. Amor é mesmo TUDO!
O Antes o Durante e o Depois da vida,
É a essência que nos dá a ânima!
Beijo, poeta!
Mirze
Suar estrelas me fez transpirar umidade genuína. Que lindo, José!
E a foto, só a foto com esse pássaro azul, já me deixou instantes de êxtase.
Beijo.
Pó-de-estrela... Oraora... =)
1[]!
Excelente, José!!!
Tem razão, não existe nada antes nem depois...não tinha pensado nisso, mas tem toda razão...não poderia ser diferente...
Gostei muito!
[]ss
Nossa, a leitura do poema altera a respiração.
Ouvi há pouco tempo um poeta dizer que não se devem fazer poemas de amor, porque todos já foram feitos.
Mentira de poeta. Esse aqui é novo, inovador e é como uma chuva renovadora de primavera. É lindo, mesmo.
Beijo pra você.
JC, explosão de versos, explosão de paixão..bonito, bonito...Você anda muito inspirado, não? Beijo
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