segunda-feira, 16 de agosto de 2010
A corruíra
A corruíra
A pequena corruíra salta
Da raiz da figueira para o chão.
Venta. As folhas gargalham.
O sol gargalha nos galhos da figueira.
O cupim construiu o seu cupinzeiro
No tronco partido em dois por um raio.
As abelhas voejam, entrando
E saindo, entre as parasitas, no tronco.
O vento derruba as folhas da figueira.
A corruíra voa de folha em folha.
Esfolo o pé entre as raízes.
As formigas em fila, atarefadas.
As formigas diligentes carregam
Todas as pétalas do mundo na cabeça.
A corruíra salta do chão para a raiz
Iluminada pela réstia de sol.
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5 comentários:
Quanta imagem nostalgica criaste em mim com essa bela poesia. Uma delicia de ler.
Parabéns!
a corruíra que dança pelos teus olhos e pela poesia cantas. :)
bjs
Que lindo, José Carlos!
Aqui, onde a natureza fala, e a poesia conta e encanta, dá saudades.
Acho que quero ser "corruíra", se me for permitido ser tão leve.
Um abraço, poeta!
Mirze
Alma fertilizada
ao fechar os olhos
e pôr tua terra
nos meus pés descalços.
Forte abraço,
meu amigo.
Tua sensibiliodade ao olhar essa carruira fez surgir esse lindo poema!Muito bom!abração,tudo de bom,chica
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