terça-feira, 24 de agosto de 2010
A cigarra
A cigarra
Estrídula, a cigarra chia e canta.
A cabra dorme à sombra do mourão.
A menina boceja na varanda.
A manhã é tranquila, entre os crisântemos.
A lagarta se sonha borboleta.
A libélula pousa no barranco.
Uma minhoca cava em silêncio
A sua alcova úmida no barro.
Ouço a quietude da moringa d’água.
A melancia fresca de orvalho.
O aroma das ameixas no pomar.
O cafezal ressona sob a névoa.
O cavalo urina no jardim.
A garça voa sobre os bois, revoa.
A coleirinha salta no capim.
A rã caça mosquitos no laguinho.
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10 comentários:
Brandão,
Para dentro de casa
pude trazer, ao menos,
a quietude da moringa
d'água.
Abração.
Que delicia isso!Que paz!abraços,chica
isso tudo dança, os seres no sítio das nossas moradas, tanta vida cantas em ti/ ao redor!
Beijos
Terráqueo,
Sábias palavras e imagens
de apreciações.
Um abraço arvorescente!
José Carlos!
Essa minhoca cavando no silêncio...e que silêncio!
Um paraíso perdido, e achado!
Beijos
Mirze
o melhor é receber de ti
a nobreza da paisagem.
um beijo.
E assim caminha a natureza...as cascas das cigarras cantam, bonita imagem!
O poema inspira e nos faz ficar atentos à simplicidade da vida. Beijo
Soltou a bicharada, gostei do silêncio da minhoca, bjs.
Cada verso
causa-me a sensação
da minha alma transmigrada
aos teus rincões.
Forte abraço,
meu amigo
e grandioso poeta.
Caro Brandão,
Os silêncios em seus versos
são musicais...
como a luz
nas fotos de Sônia.
grato pela beleza compartilhada!
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