terça-feira, 10 de agosto de 2010
O jardim à beira d'água
O jardim à beira d’água
A garça branca e a garça preta
No topo da árvore sobre o rio.
As águas passam, fazem uma enseada
Em volta do jardim e do pomar.
A borboleta bailarina entre as flores,
As margaridas e os amores-perfeitos.
Por que tem tantas cores o amor-perfeito?
No galho da roseira o canário trina.
As garças refletidas nas águas
São levadas pelo cristal do rio.
O cachorro late, late para as garças,
Chora de leve, desiste e persegue as vacas.
As garças grunhem como porcos no chiqueiro.
Os espinhos da roseira selvagem
Tornam mais belas as rosas. Um melro
Pousa no telhado, olha o rio, e canta.
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8 comentários:
Apetece-me dizer que a Natureza está em festa... e ainda bem que a (en)cantou desta forma poética e alegre!
Gostei da vida sentida no seu espaço.
Abraço
O amor-perfeito se refaz em cores[mil]. E o melro, que lindo!
José Carlos, a natureza deve festejar cada dia de sua vida, onde ela é intrínseca.
Um abraço!
Mirze
Jc, um poema que alegra o dia...mais uma vez faz acreditar. beijo
teus versos são fotografias, tuas fotos são poemas, e vai tudo assim emaranhado de poesia que te digo - o paraíso é aqui!
besos
essa poesia tem tudo haver com a esperança! (pelo menos pra mim, parece aumentar)
grata
bjs!
A série de seus poemas "O jardim..." é tão especial.
paisagem que nos leva. eu ficaria na beira do rio, fico um pouco aliás, desde já, no rio a espera do melro,
por causa das tuas expedições líricas.
fotografia digitalizada em verso
PS: amor perfeito tem tanta cor para poder ser perfeito em amor.
parabéns, poeta!
um beijo.
Tudo que é belo tem muitas cores mesmo. Costumo ver o laranja quando estou feliz =).
Beijos.
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