Os teus olhos fitam o céu para sempre
O azul penetra neles como um mar
Pássaros caem no chão seco
Um avião explode, destroços e sangue voam
O vento cruel fere os teus lábios
Não leva o pó incrustado nas ranhuras
As tuas mãos crispadas agarram o chão
O teu corpo hirto parte-se
O sol inclina-se sobre a tua face
A montanha desaba, o cavalo cala-se
A tua solidão é completa
É uma pedra no deserto
A tua alma exila-se devagar
Agora só Deus existe.
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