Pombos caem do céu
Como frutos estourando de maduros
A infância era azul, sem lápides
Os guizos da cascavel me encantavam
Nos ladrilhos quadriculados da varanda
Eu sonhava com a árvore dos dias
No jardim os gerânios vermelhos dançavam
Os copos-de-leite cochilavam
Nos canteiros de sombra
Os sabiás empurram as raízes da paisagem para agora
O mel inunda o pomar tranqüilo
Na roseira do êxtase um pássaro canta
Eu sonhava na varanda, no quarto
No alto do telhado eu sonhava.
Nenhum comentário:
Postar um comentário