É inútil ficar com raiva do homem
É muito alta a montanha e pesada a pedra
Os olhos são duros, as lágrimas de vidro
Se quebram no espelho envergonhado
Vesti a minha máscara azul
Saí dando pinotes pela rua
As ranhuras na face de madeira
O mundo me ignorava como a um cão
A coleira me esfola o pescoço
Os meus latidos não acordam o sol
As palavras hipócritas na esquina
São o meu osso, o meu trigo, o meu vinho
As águas continuam a correr sob a árvore
É inútil ficar com raiva de Deus.
Um comentário:
OI,
te encontrei pelo OVERMUNDO
e gostei muito do teor de seus comentários.
Fiquei curiosa e vim conhecer teus poemas e teu blog.
Gostei muito e quero voltar sempre.
Beijos
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