A faca da morte decepou a cabeça do carneiro
Sobre o riacho tranqüilo
Esta campa é de ninguém
E sangra nas ranhuras do mármore
Quem pisou na palavra?
Estava nua, porejava leite e orvalho
Quem pisou – para nunca mais?
O mundo caiu
Da figueira, da casa, do poço abandonado
Para onde quer que eu olhe
É morte
E a infância se me escapa por entre os dedos
Silencioso eu me deito na terra vermelha
Como no útero da minha mãe.
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