A vaca Moela e o bezerro Bito babujam o sonho
Sonhado da infância até agora
O ribeirão não tinha peixes
Tinha lágrimas na areia e nos espinhos do barranco
Onde um pé de cabeça-de-negro se dependurava
A morte sorria como uma orquídea
No alto de um jacarandá
A esmeralda brilhava numa pétala de sol
No fundo do poço, a minha face
Degolada pela guilhotina do espelho do tempo
A minha face vai e vem, vem e vai continuamente
Como um pêndulo sem fim
Os cavalos, no alto das patas traseiras, relinchavam
Traziam o sol nas patas e relinchavam e cantavam.
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