Morte, qual é o teu nome? Enguia, centelha?
Conjuro a preguiça da relva
A aranha tece a agonia com um grito além-cinza
Quebro a faca no escuro do poço
Quero a palavra da oficina da quietude
A garça bebe a água do crepúsculo
A morte é pouca para que a luz arrebente
O sapo coaxa, não encontra mais que o eco
Que reza como o pêndulo na noite
E a tesoura retalha e a enxada cobre
O meu cavalo me leva para as invernadas
Para o sol no abismo do mistério
Eu me aninho no ventre azul da luz
Esqueço a razão no corpo que me agasalha.
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