O navio dos mortos deixa o porto
À deriva, entre os calhaus
Uma estrela doente cai do céu
Agoniza na areia da praia
A fuligem das chaminés inunda o mar
E a minha garganta
Ajoelhado em folhas de sal
Acaricio a ossada do último cavalo
Os olhos secos afastam-se na bruma
São como um farol dançando no rochedo
Ergo o cálice de ouro negro
E bebo o vinho da dor
Os dedos sangrando seguram a linha
Da pandorga do eterno.
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