Os meus olhos desmoronam com os telhados,
As teias de aranha, os morcegos e as raposas
A estrada se esfarelou no horizonte
Com as nuvens e as fogueiras do anoitecer
As formigas levaram as folhas das roseiras para nunca mais
Eu quero o verde, o verde, o verde
Eu quero o sol, eu quero o azul do céu
Eu quero subir a árvore do tempo
Na montanha em chamas da infância eterna
As escadarias apodreceram
Mas a minha árvore é sempre verde
Acendo a fogueira na casa desmoronada
Com as pedras de fogo dos meus olhos
Os olhos do meu pai estão nos meus olhos
Os meus olhos estão nos olhos do meu filho
O fogo queima a madeira, que estrala, rubra, no eterno.
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