O arado de Deus
É manhã nos lençóis no varal,
As pombas brancas voam,
Eu vôo com as asas do Espírito,
O silêncio do mapa é azul.
Eu vôo pelas mãos dos anjos,
Abro as cortinas para o Verbo,
O vinho no copo é sangue,
O trigo na mesa é o corpo.
Minha mãe pinta uma árvore,
Meu pai cavalga um cavalo de luz,
Meus irmãos montam e desmontam
As portas e janelas da infância.
Eu aprendo a poesia do mundo,
Deus segue à frente com o arado.
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8 comentários:
Li e reli pra degustar bem cada palavra. Lindo! abraços,chica
Meu Deus, mas é muito lindo. Li e reli também. É uma viagem, uma transcendência. Vou reler mais uma vez. Tchau. Bjs
belíssima a paisagem que se cria - o que os olhos apreendem
Uma bela e intensa poesia, parabéns!
Um abraço
Que beleza, José Carlos!
Deus segue à frente com o arado!
É Ele realmente sabe aonde colocar poesia!
Parabéns, poeta!
Beijos
Mirze
Nossa! Mas isso é bonito demais! O primeiro verso já abre o poema para um resplendor, separando a luz das trevas. Para ficar na memória.
Grande abraço.
brandão,
só vou lhe dizer uma coisa: vieram lágrimas aos meus olhos.
...
obrigada pelo delicado momento de emoção que sua poesia me emprestou.
um beijo.
Lindo demais, JC. Vou reler e experimentar de novo essa ou alguma outra sensação assim vital que seu poema passa.
Beijo.
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