quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O arado de Deus



O arado de Deus

É manhã nos lençóis no varal,
As pombas brancas voam,
Eu vôo com as asas do Espírito,
O silêncio do mapa é azul.

Eu vôo pelas mãos dos anjos,
Abro as cortinas para o Verbo,
O vinho no copo é sangue,
O trigo na mesa é o corpo.

Minha mãe pinta uma árvore,
Meu pai cavalga um cavalo de luz,
Meus irmãos montam e desmontam
As portas e janelas da infância.

Eu aprendo a poesia do mundo,
Deus segue à frente com o arado.

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8 comentários:

chica disse...

Li e reli pra degustar bem cada palavra. Lindo! abraços,chica

Anônimo disse...

Meu Deus, mas é muito lindo. Li e reli também. É uma viagem, uma transcendência. Vou reler mais uma vez. Tchau. Bjs

Luiza Maciel Nogueira disse...

belíssima a paisagem que se cria - o que os olhos apreendem

Néia Lambert disse...

Uma bela e intensa poesia, parabéns!
Um abraço

Unknown disse...

Que beleza, José Carlos!

Deus segue à frente com o arado!

É Ele realmente sabe aonde colocar poesia!

Parabéns, poeta!

Beijos

Mirze

Marcantonio disse...

Nossa! Mas isso é bonito demais! O primeiro verso já abre o poema para um resplendor, separando a luz das trevas. Para ficar na memória.

Grande abraço.

Eleonora Marino Duarte disse...

brandão,

só vou lhe dizer uma coisa: vieram lágrimas aos meus olhos.

...

obrigada pelo delicado momento de emoção que sua poesia me emprestou.


um beijo.

dade amorim disse...

Lindo demais, JC. Vou reler e experimentar de novo essa ou alguma outra sensação assim vital que seu poema passa.

Beijo.