Cortei a minha língua, por inútil.
Os pássaros caem das árvores secas.
Deito-me na terra, entre as pedras,
Sob o lençol da minha miséria.
À beira do leito seco do rio,
Sinto-me queimar pelo fogo do sol.
Leio a minha sorte nas fezes quentes
De um animal morto, à minha imagem.
Estudo o enigma do silêncio
Nas estrelas longínquas do céu vazio.
O meu coração se esqueceu de quem era
E dialoga com o espelho quebrado.
A imagem turva não o reconhece.
Converto-me nas pedras, sobre a terra.
Um comentário:
Muito bom,adorei,bjsssssssss...
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