quarta-feira, 4 de junho de 2008

O mártir do êxtase










A estrela apagada da melancolia

Na torre solitária da meia-noite.


Acendo a minha lâmpada no óleo negro

O meu desejo se esgotou, no corpo e na alma.


Enclausurado na cisterna seca,

Ausculto o coração da Ursa nos céus estrelados.


Contemplo a beleza, as altas verdades

Bebo da fonte a essência da tristeza.


A solidão me esvazia, sou nada.

A esfinge me carrega para o abismo.


Sou o mártir do êxtase na solidão

A vida pulsa como um pulmão verde.


Sou o universo inteiro para mim mesmo

O meu silêncio fala o verbo essencial.


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