O meu grito para a árvore da infância:
“Sou o filho pródigo que volta do exílio,
Fustigado pelos temporais e secas do deserto.
Senhor, o esquecimento pesa sobre os meus ombros,
Não me reconheço na cozinha ou na varanda
Da minha casa. Sou outro. Sou ninguém.
A solidão foi o meu alimento de todo dia,
O meu prato sempre cheio até a borda.
A cisterna amarga foi testemunha
Da minha angústia, do meu silêncio.”
Somente a árvore da infância continuava ali,
Compassiva, chorando folhas amarelas,
Os braços abertos ao longínquo horizonte,
Esperando, materna, por minha volta impossível.
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