segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Kos de Hipócrates


Imagem da Wikipedia


Kos de Hipócrates

A concha do olhar ou memória
ignoram o seu nome, baço,
e seu espaço de teatro
ou ágora de antigo templo.

À sombra dourada de um plátano,
tronco de largo diâmetro,
Hipócrates lições ministra
de medicina aos seus alunos.

Nesta terra de sal e mar,
a cura da dor e da morte.
Feitas e desfeitas, as pegadas
se renovam na areia branca.

É tarde, Hipócrates é cinza.
Férteis águas ferruginosas,
centro irradiador de saúde,
a brancura absoluta dorme.

_______________

4 comentários:

Luiza Maciel Nogueira disse...

filosofia em poesia! bela homenagem! beijo

NDORETTO disse...

Tudo isso que você escreve é muito sério. E presente. ( risos )

Abraços
ND

Unknown disse...

Fantástico José Carlos!

O juramento de Hipócrates, o Kos, como pensei nele hoje.

Este poema deveria estar à porta dos médicos e hospitais.

Mais que o juramento é um novo código de honra!

Beijos, poeta

Mirze

Anônimo disse...

José,
que foto linda lá no título do blog!
Bjs e uma ótima semana pro cê!