quarta-feira, 11 de abril de 2012

A ARQUITETURA DE UM POEMA





A ARQUITETURA DE UM POEMA


A arquitetura de um poema não é
a arquitetura de um edifício.
O edifício ergue-se no ar com toda
improbabilidade,
como se fosse desmoronar.
O poema é feito de uma estrutura
concreta: ar e sangue
para, contra todas as probabilidades,
nunca desmoronar.
A arquitetura do edifício do poema
implode e
levanta-se das próprias cinzas. 





3 comentários:

Lídia Borges disse...

Uma visão bastante completa a entrega do poeta à sua arte.

Um beijo

Rita Venâncio disse...

Belíssimo poema.

Abraços,
Rita Venâncio

Bazófias e Discrepâncias de um certo diverso disse...

ar e sangue... vou pensar nessas duas palavras. abs