segunda-feira, 9 de abril de 2012

O SAPO





O SAPO


O sapo veio da água, como a vida.
Como chegou do caos até aqui?
Que misteriosas sendas percorreu?
As estrelas explodem no jardim,

o bicho anfíbio busca a sua forma.
A luta pela vida continua:
o sapo caça a mosca com a língua,
a coruja contempla-o com fascínio

e gula, sob a noite iluminada.
O sapo foi, com a sua feiura,
o primeiro dos bichos do planeta.
Supérstite da Idade do Carvão,

carrega em sua pele dura a origem
da existência. Que Deus conceberia,
do nada, tal horrenda simetria?
Somos filhos de uma ancestral vertigem?






2 comentários:

Adriana Godoy disse...

JC, uma filosofia banhada a muita poesia! Somos homens-sapos! Beijo

Anônimo disse...

Saudações quem aqui posta e quem aqui visita.
É uma mensagem “ctrl V + ctrl C”, mas a causa é nobre.
Trata-se da divulgação de um serviço de prestação editorial independente e distribuição de e-books de poesia & afins. Para saber mais, visitem o sítio do projeto.

CASTANHA MECÂNICA - http://castanhamecanica.wordpress.com/

Que toda poesia seja livre!
Fred Caju