O SAPO
O sapo veio da água, como
a vida.
Como chegou do caos até
aqui?
Que misteriosas sendas
percorreu?
As estrelas explodem no
jardim,
o bicho anfíbio busca a
sua forma.
A luta pela vida
continua:
o sapo caça a mosca com a
língua,
a coruja contempla-o com
fascínio
e gula, sob a noite
iluminada.
O sapo foi, com a sua
feiura,
o primeiro dos bichos do
planeta.
Supérstite da Idade do
Carvão,
carrega em sua pele dura
a origem
da existência. Que Deus
conceberia,
do nada, tal horrenda
simetria?
Somos filhos de uma
ancestral vertigem?
2 comentários:
JC, uma filosofia banhada a muita poesia! Somos homens-sapos! Beijo
Saudações quem aqui posta e quem aqui visita.
É uma mensagem “ctrl V + ctrl C”, mas a causa é nobre.
Trata-se da divulgação de um serviço de prestação editorial independente e distribuição de e-books de poesia & afins. Para saber mais, visitem o sítio do projeto.
CASTANHA MECÂNICA - http://castanhamecanica.wordpress.com/
Que toda poesia seja livre!
Fred Caju
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