A ARQUITETURA DE UM POEMA
A arquitetura de um poema não é
a arquitetura de um edifício.
O edifício ergue-se no ar com
toda
improbabilidade,
como se fosse desmoronar.
O poema é feito de uma estrutura
concreta: ar e sangue
para, contra todas as probabilidades,
nunca desmoronar.
A arquitetura do edifício do
poema
implode e
levanta-se das próprias cinzas.
3 comentários:
Uma visão bastante completa a entrega do poeta à sua arte.
Um beijo
Belíssimo poema.
Abraços,
Rita Venâncio
ar e sangue... vou pensar nessas duas palavras. abs
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