A goiabeira
Estendi a mão para apanhar uma goiaba
e uma lagarta de fogo me queimou o braço.
Doeu até a alma.
Estendi a mão e não encontrei nem a goiabeira,
era como se tivessem passado séculos ou milênios.
Doeu mais que a alma, se possível.
Hoje nem o pomar existe mais, nenhuma árvore.
A lagarta de fogo era a serpente, a goiabeira era a árvore
do bem e do mal no meu quintal-paraíso.
__________
7 comentários:
José Carlos!
Esse foi Deus quem escreveu!
Nunca li nada assim tão diferente e lindo. O tempo aí é ubícuo.
Belíssimo!
Beijos
Mirze
Lindo demais, fico pensando se a lagarta de fogo realmente te queimou o braco. De tao real que soou a poesia, parece que sim :). Beijos!
És iluminado e inspiradíssimo e que fotos!!!
Parabéns!
abraços,chica
ah! o tempo passado e a memória que dele se levanta.
lindíssimas metáforas, belíssimo poema.
um beijo.
Eu ja tinha tido sentimentos parecidos. Ai me dei conta que tinha virado adulto!!!
Parece que nesse fim de ano, as arvores tem inspirado bastante : )
As lembranças aqui viram poesia, parabéns!
Um abraço
A mão às vezes estende como uma lança que quer cortar o tempo.
Ótimo poema!
Abraço.
Postar um comentário