sábado, 9 de maio de 2009
Homenagem às mães
A MÃE
Quando a última batida do coração
Tiver feito cair o muro de sombra,
Para me conduzir ao Senhor, ó Mãe,
Como outrora me darás a mão.
De joelhos, decidida,
Serás uma estátua diante do Eterno,
Como eu já te via
Quando ainda eras viva.
Levantarás tremente os velhos braços,
Como quando expiraste
Dizendo: Meu Deus, estou aqui.
E só quando eu for perdoado,
Terás o desejo de me olhar.
Recordarás de me ter esperado tanto,
E terás nos olhos um leve suspiro.
Tradução de José Carlos Brandão
LA MADRE
E il cuore quando d’un ultimo battito
Avrà fatto cadere il muro d’ombra,
Per condurmi, Madre, sino al Signore,
Come una volta mi darai la mano.
In ginocchio, decisa,
Sarai una statua di fronte all’Eterno,
Come già ti vedeva
Quando eri ancora in vita.
Alzerai tremante le vecchie braccia,
Come quando spirasti
Dicendo: Mio Dio, eccomi.
E solo quando m’avrà perdonato,
Ti verrà desiderio di guardarmi.
Ricorderai d’avermi atteso tanto,
E avrai negli occhi un rapido sospiro
Giuseppe Ungaretti
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Foto: Sônia Brandão
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8 comentários:
Bom texto do Ungaretti. Tradução sua?
Que linda homenagem. Belo poema.
Bom domingo.
Abraços.
Comovente...
"E só quando eu for perdoado,
Terás o desejo de me olhar."
Muito bonito.
Parabéns pelo blog...
Linda e tocante homenagem José Carlos!
Saudade de te ler!
Abraços
Mãe é um pedaço da gente. E vamos degustando, degustando, sem nunca perder o sabor. Amo minha mãe, quanto mais velhinha ela fica, mais me ensina a viver. Beijos pra todas as mães que te rodeia.
Bonito, José Carlos...terno e poético. Beijo.
Oi José Carlos,
Tem um premio ao seu talento lá no Café com Poesia!
Abraços
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