Quando as dores do mundo são a dor.
Na minha língua vai florindo a flor da loucura.
A lagarta cega entre as folhas da árvore
Fia a forma do efêmero.
O galo tece as cores da alvorada
Com os cabelos dos mortos.
As palavras eram de pedra
Quando morreram os últimos jacintos.
O arco-íris assinala o lugar das covas,
A minha língua está seca de tanto contar os mortos.
Meu pai ordenhava as vacas na madrugada;
Ao anoitecer, ordenha a morte.
O silêncio da rosa: abismo.
Uma aranha metafísica me anula.
Um comentário:
Querido amigo José Carlos,
Quero parabenizá-lo pelo Blog, fiquei muito feliz por vc...
Tenho colecionado sua Poesias, agora fica mais fácil, deu vontade de reler, parto correndo pra cá.
Um grande abraço, sucesso!!!
Luiza
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