A rosa desliza no espelho.
Um bater de pálpebras, as pétalas vermelhas
Como sangue na água.
O perfume inebria, estonteia, mata.
Dobro os joelhos, caio por terra.
A voz embargada, os olhos turvos
E a alma em êxtase com a música leve.
A rosa paira no ar, com a dança de seda.
Um gafanhoto se perde nas pupilas abertas.
A morte cintila no cristal.
Os beija-flores bailam na janela.
Os anjos levam a alma da rosa
Batendo as asas brancas e douradas.
A rosa vai e permanece, eterna.
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