O poema pousou na bateia
Entre os cascalhos e o peixe vermelho.
A candeia ilumina a sala,
As vigas do telhado e os anjos
Com as asas abertas sobre nós.
Uma toalha de linho e uma pedra sobre a mesa:
Tomo a cruz, o cálice dourado,
O vinho e o pão. Abro o Livro.
Não sei como te chamas, nas águas do espelho.
Foi-se o tempo de semear, foi-se o tempo de colher,
É o tempo da morte doce, do barco e do cisne.
Eu navego sem medo sobre o abismo.
As chamas da rosa nos lábios em silêncio,
Minha mãe tece a túnica de Deus.
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