domingo, 11 de maio de 2008

Por quê?










Por que, ó Deus?

A argila volta-se contra o oleiro,

a cinza desafia a chama.

A árvore oferta frutos amargos.

Os vasos foram modelados para o inútil.

O menino é morto em sacrifício

aos deuses da cidade.

A casa é posta por terra.

A rosa sangra no cristal,

a minha face turva-se

na água enferma.

A estrela queima os meus olhos.

Por que falas no vento, ó Deus?

Por que eu não estava presente?

Nenhum comentário: