segunda-feira, 12 de maio de 2008

A música do silêncio











Escrevo na areia, para o vento.

Escrevo a palavra do silêncio.

O enigma é claro como a mesa e o pão.

Existe para ser enigma.


O universo é perfeito como Deus.

O poema é composto no espelho:

a imagem criada pela imagem.

Quando a pedra entalhada resplandece.


Por que o demônio não se cala?

Ouvem-se estranhos gritos de morte.

O poeta inventa a sua música.


As sombras do crepúsculo se estendem,

as esferas criadas se conjugam.

Dou forma à rosa que assassino.

Um comentário:

Mimi disse...

Academia Brasileira de Letras para meu amigo Brandão é pouco!!!!
Depois da Sônia, sou sua fã mais antiga e fiel!
E, amigo... você escreve sempre aquilo que toca o meu coração!
Maravilhosa música e abençoado silêncio!
Beijos