Quando despertei dentre os mortos
nada estava mudado.
O mundo continuava vazio:
nenhuma estrela, nenhuma rosa
sobre a pedra do altar.
O meu cachorro agonizava sob a porta
do frio tribunal.
O meu cavalo cantava triste
sob os salgueiros, à beira do rio.
Todos os meus amigos me viraram o rosto
disfarçando uma lágrima, talvez.
Ainda eram meus amigos,
nada estava mudado:
eu sempre fora estranho e culpado.
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