sábado, 3 de maio de 2008

Na ordem do eterno

O navio navegava como um sonho sobre as nuvens

O mar abria os seus lábios vermelhos para o naufrágio


Mas eu ainda não havia chegado ao horizonte

Eu trazia as mãos carregadas com o ouro do arco-íris.


Os meus olhos estavam molhados do azul do céu

As águas do mar escorriam assustadas dos meus olhos


As minhas lágrimas não conheciam as praias desertas

Não era a hora do medo, da noite, do abismo final.


O meu navio ainda vai navegar por longes ondas

O mar vai crescer e se transformar ao meu comando


O meu sonho se desdobra maior do que o universo.

Tudo estará perfeito como uma pedra, como uma estrela


São meus todos os caminhos, são minhas todas as paisagens

Os meus pés pararão quebrados, em cruz, na ordem do eterno.

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