domingo, 11 de maio de 2008

O meu medo













O meu medo não tem a voz de um morto,

não tem a minha própria voz.

O meu medo é uma folha em branco

como uma lápide fria.

O meu medo não é o quarto escuro,

não é a igreja vazia na noite.

O meu medo é a paisagem nua,

com o abismo da rosa sobre a pedra.

O meu medo não tem o peso de um morto,

os mortos são leves como plumas brancas.

O meu medo não é a ferida nos lábios,

não são os olhos vazados.

O meu medo é Deus não me encontrar,

o meu medo é a minha própria ausência.

Um comentário:

anita sereno disse...

OLA DEUS NUNCA NOS ABANDONA
BEIJOS LINDO POEMA