Ó Deus, quando
me criaste um vulcão explodiu.
Os lagos se
fizeram lavas e voaram como cisnes rubros.
Eu me julguei um
cavalo voando além da terra e do céu.
Eu pensei que
sabia todas as respostas.
Pensei que podia
inundar o deserto com minhas ondas.
O meu mar de
soberba era insaciável
Continua
insaciável o meu abismo de soberba e molície.
A tua Mãe me
pisou a cabeça, eu era a serpente.
A tua e minha
Mãe me carregou no colo, eu era a criança desprotegida.
Eu era um verme
do pó, indigno do perdão, indigno do Pão da tua carne.
O teu Verbo me
salva contra qualquer expectativa.
O teu Verbo se
ergue contra a minha insignificância e a luz é feita.
A tua Luz, ó meu
Senhor, o teu Espírito desce contra as trevas da minha alma.
A tua língua de
fogo se eleva e a minha alma será salva.
Ó Deus, amém.
Espero a
condenação com a certeza dos pérfidos.
Espero a
condenação: o meu prêmio, o labéu da minha infâmia.
Se queres
salvar-me, amém. Ó Deus, amém.
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