sábado, 8 de setembro de 2012

REFLEXÃO 1965





REFLEXÃO 1965


Existimos e não existimos
o bem e o mal são uma e a mesma coisa
amor e ódio dão-se as mãos
paz e guerra no homem coexistem
e tudo flui incessante
o tempo badala
plúmbeas plumas
oscilação perpétua
para cima para baixo
o homem é Deus e é o Nada
moto perpétuo
o mundo devir
para o caos caminha.



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MEMÓRIA.

Eu já tive 18 anos de idade e fui aprendiz de poesia (ainda sou). E o meu mestre era Murilo Mendes. Para fazer esse poema (é preciso confessar?) eu me inspirei na Reflexão nº 1 de Murilo. Como é feio falar em inspiração, vai com todas as letras (embora fique mais feio): chupei esse poema de Murilo. Para azar, do poema que tem uma das passagens mais fortes dele: 
             "Ainda não estamos acostumados com o mundo
              Nascer é muito comprido."



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