O DARDO
A rosa abriu-se na madrugada
como um bebê.
Tanto pólen no ar,
eu me inundo de volúpia,
é como a morte.
Espero a claridade do sol,
na água do dia.
Pétalas flutuam
leves, etéreas, femininas
como a pele de uma mulher.
Eu celebro a dor e o corpo
– o dardo do amor.
José C. Brandão
Um comentário:
O amor tem sempre essa faceta de vida ou morte. Coisas certas na vida de cada um. Talvez por isso essas rosas permeiem a existência de todos nós!
Abraço, poeta!
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