POEMA DO JORNAL
O poeta faz um
poema com o jornal na mão.
Abre os olhos e
vê um homem que levanta uma faca.
Uma mulher se
agarra a uma mesa
com os olhos
esbugalhados.
O homem enfia a
faca no pescoço, no coração,
na barriga.
O sangue jorra
sobre o assassino.
Um velho abre a
porta e grita.
É um grito
mudo.
O poeta fecha o
jornal de onde pinga uma gota escura
como óleo
ou sangue
no seu sapato.
J. C. Brandão
http://gambiarraliteraria.blogspot.com/2011/07/exercicio-de-criacao-23.html
3 comentários:
Pois por mim serias o vencedor! Formidável!
Parabéns!
Beijokas e meu carinho.
JC, bom demais, rapaz! Estou na torcida! Bj
Muito legal!
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