Cidade submersa
multiplicada no espelho
das águas que passam.
O peso das coisas
só coisas, pedra ou pó
no caminho.
Os meninos brincam.
O escorpião toma sol
perto da porteira.
A lua se alonga
na beira do poço.
Ouve a sombra na água.
Ouco o violino
modulando a solidão.
Como pesa a vida.
No quarto úmido
a vela bruxuleia
e se apaga.
A flor roxa dança
a sinfonia das abelhas
na harpa do vento.
Sobre a pedra escura
as formiguinhas sucumbem
ao peso das flores.
A garça dança
sobre o espelho d’água
com a sua imagem.
7 comentários:
Coisa linda Brandão. O mundo precisa ser visto por várias óticas, quem sabe assim ele não se torne de fato o retrato de nossa imaginação.
Bjs
Gostei muito do primeiro e do último. Posso traduzir ao espanhol e publicar no meu blog? Parabéns por teus excelentes poemas.
Adorei Brandão, tomei a liberdade de partilhar no facebook!
Beijos
LINDOS, Brandão!
Sem fugir ao peso, todos sem exceção estão verdadeiras jóias.
Beijos
Mirze
Gostei bastante desse:
Ouço o violino
modulando a solidão.
Como pesa a vida.
Um abraço
Preciosidades...
sensibilidades...
delicadezas do espírito.
bjs
um gosto de quê
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