terça-feira, 27 de setembro de 2011

QUEDA (poemetos)


























QUEDA

Caíram-me as asas.
A dor nos ombros
me lembra que estou vivo.


DESTINO

Estou plantado na terra
com o sol por testemunha.

Mastigo pedras e estrelas
e as palavras se iluminam.


AS ÁGUAS

As águas sempre novas
me renovam.

De onde venho? Da montanha.
Para onde vou? Para o mar.

Por quê? Meu destino é correr.
O ontem me habita. Sou amanhã.


A PEDRA

A pedra já foi água.
O mais íntimo do seu silêncio
é líquido.


A PALAVRA

A palavra é inútil.
Toda poesia
está no silêncio.
                                              
                                               J. C. Brandão


               Fiz uma Antologia Pessoal do meu livro O Silêncio de Deus para o portal de literatura Cronópios. Quem quiser conferir: http://www.cronopios.com.br/site/poesia.asp?id=5173



3 comentários:

Luiza França disse...

usou perfeitamente os elementos da terra para transcorrer numa linda poesia.

A poesia é o silêncio que grita na alma dos iluminados.

Bazófias e Discrepâncias de um certo diverso disse...

Oi Brandão! Tá postando bastante! hehe.. estou acompanhando dqui... abs

Unknown disse...

MARAVILHAS SÒ VISTAS AQUI!

Belíssimo!

Beijos

Mirze