MARC CHAGALL
As
manchas da mão da criança
o cavalo e a menina
o relógio
Ícaro
cai e sorri
a
vaca com o violino
a
nuvem azul sobre o campo verde
Borrões
no deserto
verde
e azul na areia fina
um quadro no quadro
a torre Eiffel
os ausentes
As cores batem palmas
os pássaros as pedras batem palmas
As imagens no espelho d’água
as palavras puras na paisagem
O
Gênesis
Moisés
o
Cântico dos Cânticos
o
ventre da mulher
o
cavalo alado no útero
O
sonho de Jacó
a
escada e o anjo
o
vermelho do sangue e do destino
Quebra-luz
as
lágrimas
a
pintura tem cheiro de vela queimada
Os
dois anjos de Assis
o
homem e a mulher
o
amor tece as flores de todas as cores
Um
peixe e as doze tribos de Jerusalém
as
árvores batem asas
e
a beleza
O
volume da luz nos corpos
as
risadas dos vitrais
A
mancha da mão da criança
marca
a vida
brincadeira antiga.
5 comentários:
o vermelho do sangue e do destino.
Amigo J. C.
"As cores batem palmas
os pássaros as pedras batem palmas"
Só pode mesmo ser um aplauso total e de pé, nesta homenagem a Marc Chagall.
Um abraço.
Victor Gil
José Carlos Brandão!
Em Chagall você caprichou. Uniu o místico ao poético e aconteceu um dos mais belos poemas que já li aqui!
Aplausos!
Beijos
Mirze
Conheci um pouco do Chagall através do Moacyr Scliar, já que Chagall retratava muito das comunidades judaicas (shtetls) e suas casinhas. Gostei bastante também, dessa união de místico e poético! abraços
Oi, José Carlos!
Se houver interesse em guardar a entrevista que vc me deu, eis o blog:
http://marceloconversacom.blogspot.com/
O bloco de Notas foi deletado, e este será também. Em breve.
Um abraço!
Postar um comentário