PAUL KLEE
É sempre um anjo
inacabado
distraído
num barco antigo
sábio e cheio de esperança
Os barcos em repouso
dançam com as bruxas terrestres
Um cão uiva diante de tantas janelas
e crianças em frente da cidade
Candide foi expulso com grandes chutes no traseiro
mas acaricia a sua ovelha
Isto é um demonstrativo da morte
O desenho da face de um homem
a má estrela dos navios
Todo equilíbrio é oscilante
a arquitetura das cores nos cubos
o matrimônio do vermelho com o azul
Mas todo jardim é mágico
A mãe e o filho
a flor tropical
o longínquo grupo de árvores
Ou a meditação
O morro
na pedreira
o bastardo
o passo
E sempre o olho
O louco
patético
na prisão
Veleiros
vento de fogo
a virgem na árvore
Paul Klee é um velho músico angelical.
José Carlos Brandão
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