O marreco preto
pousa num galho à flor d’água.
Vida colorida.
As nuvens escuras
tornam a terra e a água escura.
Um peixe agoniza.
No meio da mata
entre a pedra e o musgo
as águas da cascata.
A rosa vermelha
enorme, em primeiro plano.
Os espinhos sangram.
O cachorro me olha,
cresce diante de mim.
Ainda é paisagem.
O céu e as árvores
refletidos na água.
As nuvens acenam.
As casas, a igreja
à sombra das montanhas.
A cidade dorme.
A festa dos pássaros.
O horizonte iluminado.
O sol queima as árvores.
Brilha a flor vermelha
com os seus pistilos negros
em êxtase ao sol.
J. C. Brandão
2 comentários:
uma festa de versos
poeta!
bjs
eu gosto
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