O brilho das águas
A sombra da nuvem na montanha
Torna mais verdes as árvores próximas.
As vacas pastam ao lado da cerca de pedras.
As cabras pastam do outro lado da cerca.
A terra, a árvore, o pássaro.
A roda d’água sobe até ao sol.
O monjolo sobe, a mão do pilão sobe
E cai como uma lâmina.
As águas brilham como diamantes.
O burro puxa a carroça, as rodas cantam.
O cachorro me morde o calcanhar.
Um galo passeia com a crista erguida.
Pinga sangue da crista. O cavalo relincha.
O sol queima o pássaro. A terra flutua na claridade.
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11 comentários:
QUANTAS IMAGENS LINDAS NESSE POEMA!lindo! ABRAÇÃO,CHICA
Seu poema brilhou mais que o brilho das águas. Bravo, JC. Andas muito inspirado mesmo. Beijo.
De todas as imagens provocadas pela natureza, e com uma certa postura e abertura da alma, tua poesia a tudo eleva, e faz 'a terra flutuar na claridade. A luz diáfana da poesia.
Grande abraço, Brandão.
Olá, meu amigo poeta!
Obrigada pela visita. Eu gosto muita de sua casa. Os poemas são ricos e intensos.
Resposta:
vento não só canta como seduz, ensaiando o espírito.
Um abraço,
Maria Maria
achei muito interessante esta poema naturalista.
E a imagem também.
Um abraço
Seus poemas captam a magia do campo, o ar puro que aqui na cidade nos escapa. Lindo poema, José Carlos.
Um beijo por ele.
Para mim, que adoro a Natureza, estes teus poemas são uma autêntica beleza!
Um beijo, Poeta, e boa semana.
A arte de colocar o leitor dentro do texto poético. Quando dei por mim, eu estava na paisagem do poema; parabéns, sempre.
Brandão,
Fazer a gente chorar segunda feira de manhã devia ser proibido, li este poema à comoção.
Uma maneira de trazer nossos entes queridos para próximo de nós, é escreve-los.
Uma grande abraço,
Edson Bueno de Camargo
Brandão,
No caso, não é só a água que brilha.
Abração.
Sois a alma boa...
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