quinta-feira, 15 de abril de 2010

Visita ao velho pinheiro



Visita ao velho pinheiro

Volto a abraçar o meu velho pinheiro.
Os seus galhos se estendem para o azul.
Respiro o ar claro da manhã de Deus.
Os esquilos saltitam em busca da luz.

O sol coado de leve entre as folhas
Acaricia o húmus úmido da trilha.
Um bando de beija-flores dança
Numa coreografia de brilhos e cores.

Uma manada de cavalos marcha
Com o equilíbrio natural da raça.
Eu bebo a água da fonte do pinheiro.

O musgo cobre as pedras e o barranco.
Os jacus saltam, voam com estrépito.
Depois, apenas o silêncio verde.

Monte Verde, 15 de abril de 2010.

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Foto: Sônia Brandão

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13 comentários:

Marcelo Novaes disse...

Brandão,



E precisa mais?!


;)





Abração.

chica disse...

Que coisa mais maravilhosa!e a foto DEZ!!!abração também pra ti!chica

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Meu amigo
Lindo o poema e a foto.
Belo post.

Beijinhos
Sonhadora

Adriana Godoy disse...

JC, também queria abraçar uma árvore. Esse poema leva a tantas coisas, muito sentimento e poesia e uma vontade de acreditar. beijo.

Graça disse...

um silêncio verde, em palavras que nascem em ti...naturalmente.


Um beijo de bom fim de semana, querido José... é sempre um prazer imenso passar por aqui... e gosto daquele pinheiro :)))

Talita Prates disse...

Gostei imenso dos "galhos" que "se estendem para o azul" e do "silêncio verde".

Um bjo, poeta!

Talita
História da minha alma

nydia bonetti disse...

o silêncio da natureza - como fala - ainda mais em Monte Verde - pedaço de paraíso. abraço, Brandão.

Gerana Damulakis disse...

Um abraço na natureza. Brandão: tudo muito belo.

Gisele Freire disse...

Esta é uma das traduções de Plenitude.
Bj
A foto tá ótima :)
bj Brandão
Gi

putas resolutas disse...

que bonitos estes versos! o sul de minas é uma beleza!
besos
líria porto

Fernando Campanella disse...

E depois apenas o silêncio verde... também eu tenho essa plenitude no silêncio verde... uma volta às raízes da alma.

Que maravilha deve ter sido a viagem a Monte Verde. Posso ver na foto, muito boa, a tua alegria, como um menino, meu amigo poeta.
Ah, e se passou por Pouso Alegre, poderia ter avisado, e eu encontraria vc e a Sonia. Fica me devendo essa, rs.

Grande abraço.

Elma Carneiro disse...

Abraçar uma árvore me faz sentir mais integrada com a natureza que me formou, parece estar abraçando minha mãe tamanha a sensação de paz.
Muito bom receber sua visita logo de manhã com palavras poéticas o que me sensibiliza muito. Obrigada.
Um abraço.

BAR DO BARDO disse...

Sim ao silêncio verde...