domingo, 25 de abril de 2010

Invenção da paisagem













Não terminei de fazer o meu pássaro,
Mas ele inventa a minha paisagem.


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11 comentários:

José Carlos Brandão disse...

Versos do poema:

O BREJO

O passo-preto-do-brejo chama o cachorro
Num assobio assoprado de longiperto.
Ninguém ouve no súbito silêncio.
A cadela fareja o ar, pasta a água.

O poema adora a pedra verde e leve.
Deito no barro e bebo a água do rio.
A borboleta da palavra pousa
No barranco com limo e brilho líquido.

A árvore madura tem o sol no bico
E dança e canta a plumagem colorida.
Quase bato as asas brancas de felicidade.

Tenho fiapos de céu azul nos dentes.
Não acabei de fazer o meu pássaro,
Mas ele inventa a minha paisagem.

chica disse...

Brilhante!Lindo!abração,chica

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Meu amigo
Muito belas estas imagens.
Deixo um beijinho.

Sonhadora

Marcelo Novaes disse...

Brandão,


Eis o pássaro infindável, que dá sentido [ou inventa] seu entorno.




Abração.

dade amorim disse...

O poeta é um artesão de paisagens. Nada precisa ser acabado, nada se acaba no poema. Tudo flui.

Beijo, uma semana muito boa.

vieira calado disse...

A Natureza ´é mesmo bela

por aí!

Um abraço

J.F. de Souza disse...

não terminaste
mas já se é possível
voar

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Sempre um prazer poder ler teus poemas 'naturais', caro JC.

(E as fotos estão excelentes!)

Adriana Godoy disse...

Que beleza! Sem comentário! beijo.

Fernando Campanella disse...

Reinventando a natureza, a nós próprios, fiapos de argila, de cores, de formas na alma. Belíssimas fotos, poema que nos põe para cima tamanho o êxtase que expressa pela apreensão do natural seguido de uma transfiguração.
Grande abraço, Brandão.

BAR DO BARDO disse...

Lindo!

(O Brandão perde as estribeiras se lhe dizem "lindo!".)

nydia bonetti disse...

Essencial inventar paisagens e dar vida aos pássaros.