A estrela da noitePensei uma flor no ventre da pedra.
As baitacas gritam, gargalham.
O pinheiro abre os braços para o céu.
O grito branco de espanto do gavião
Voa num átimo, instaura a claridade.
A minha flor se abre:
A estrela da noite, lívida, sangrando,
Sorri para a alvorada.
Quebrem as garrafas!
Quero um banho de luz verde,
Quero me afogar no sol.
Espero um dilúvio
Para inundar a minha garganta
Seca de Deus.
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8 comentários:
Um dia seremos de novo crianças
sempre em ABRIL
JC, muito expressivo, forte seu poema. As imagens que vc nos proporciona são infindas e lindas. Beijo.
Brandão,
Segundo Quem Sabe, quem assim abre a garganta, bebe.
Para me restringir ao texto [que não é restritivo] " O pinheiro abre os braços para o céu.
O grito branco de espanto do gavião
Voa num átimo, instaura a claridade.
A minha flor se abre..."
O tempo todo o texto se abre. É pleno de sílabas e imagens "abertas".
Abração.
Cheguei para colocar a leitura em dia e saio encantada como sempre!
bjs.
Li, reli e me encantei com a profundidade e beleza.abração,chica
O poema por inteiro é estupendo. O final me deixou emocionada, belíssima estrofe final, belíssima.
se tua garganta é a seca de deus, as palavras do tei canto são sagradas, poucas vezes em blogs li poemas como este.
saudações
O gozo é o teu país.
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