Noite imóvel, enigmática:
muralha errática:
de olvido.
Por breve momento:
o tempo não era o tempo:
de tão antigo.
Templo de pedra noturna:
o universo em cinza ondula:
tépida gleba.
Azul? escrínio? alfange?
o mundo é ocre, terra
e sangue.
.............
Um lábio secular em noturna
vigília: inflexível resíduo?
rosa suspensa.
O suspiro lento giro
da ausência: nítida a
palavra: exata e inarticulada.
Pálido segredo: labirinto
de evidências: a flor lavra
cristal e azul.
8 comentários:
Oi querido!
Passando para te desejar uma ótima semana!
Bjs.
A fotografia da Sônia está deslumbrante!
Seu poema sempre surpreendendo. Desta vez, a nossa terra "dura", feita em tons e cores jamais copiados. Seria o ocre....rs
Seria o vermelho de larvas em sangue!
Um beijo grande
Belíssimo e intenso poema. Como o ocre de nossas terras. Como um vulcão em erupção. Bravo, J.C.Beijo!
Belissimas a foto!
Fantásticas as palavras!
Parabéns José carlos
Abç
G.J.
"... E de novo acredito que nada do que é
importante se perde verdadeiramente.
Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas,
dos instantes e dos outros.
Comigo caminham todos os mortos que amei,
todos os amigos que se afastaram,
todos os dias felizes que se apagaram.
Não perdi nada,
apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."
Miguel Sousa Tavares
Abraços com todo meu carinho.
Uma linda semana com muito amor e carinho.
o mundo muda a toda hora de tons e cores, até se tornar invisível.
e se não fosse a flor, quem suportaria...
como é bom te ler, JC. Abraços!
Brandão
Já virou mania eu vir aqui ver teus versos que são tão belos, gostei muito!
A foto é um espetáculo, parabéns Sônia, vc vê o mundo com muita poesia!
Bjs aos dois
Gi
...o mundo é ocre, terra
e sangue ...
que achado, Brandão, experimentação da gênese, logo voo em direção ao princípio, quando éramos fogo e terra... Grande abraço. Ah, muito bonita a foto da Sônia.
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