terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A névoa




Deixa a névoa suspensa
de teus olhos, imensa.

Deixa a névoa cobrir
miragens do possível.

A paz é flor distante,
é pedra dissolvida.

Toda memória apaga-se,
resta a névoa do olvido.

E teu relógio talha
os minutos sofridos.

O real da paisagem
perdida sob a névoa.

Há sombrias imagens.
E tudo o mais é treva.

11 comentários:

Talita Prates disse...

Melancólico,
e muito bonito.

Um bjo, poeta.
Paz
(ainda que flor distante...)

Sandra disse...

Lindo e belo...
amo poesia. Ela nos inspira e nos faz bem...
Deixa a néva cobrir a miragns do possível.
Lindo...

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Sonia Schmorantz disse...

Mesmo em se tratando de névoas e trevas, é um poema de rara beleza!
abraço

Cris Animal disse...

Querido José, há alguma triste. Um lamento? Uma lágrima que se esconde em névoa? Uma lembrança que vem de longe? Uma esperança que nunca termina e que se faz luz sempre?

Há tanta poesia e tanto além de cada palavra.

Estou aqui, pensando nas manhãs de névoa no sítio quando Bel e João ( meus filhos) eram apenas duas crianças que me diziam: Mamãe, se você der mais um passo para trás, não consigo te ver! E riam e riam...
Apenas riam da névoa!

Beijo com carinho!

Adriana Godoy disse...

JC, gosto dessa melancolia cinza,enevoada, triste, mas intensamente bela. Beijo.

Fernando Campanella disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fernando Campanella disse...

...há sombrias imagens / e tudo mais é treva...

a palavra nos leva ao princípio, e no princípio a luz ainda ensaiava...
mas deste mergulho ela volta, estranha propriedade, em forma de luz: toda poesia.

Grande abraço, lindo poema, linda tua foto também.

Cristina Fernandes disse...

Névoas e brumas na densidade simples dum poema...braço
Um abraço
Chris

nydia bonetti disse...

A paz é flor possível (embora distante).

Gostei imensamente deste poema, JC.

Beijos

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

simplicidade e melancolia de mãos dadas no poema.

gostei!

lírica disse...

Belíssimo Brandão!
bj
Lírica