sábado, 7 de novembro de 2009

O Silêncio de Deus – para download




Caros amigos,

Lembram-se do meu poeminha Antipregão? “Não faço um poema / para vender na feira.” Pouca poesia, mas lembra um fato importante: a arte não tem preço. Por isso, pouco depois de lançar a edição impressa de meu livro O Silêncio de Deus, estou lhes oferecendo o arquivo para download. É só clicar na capa do livro logo ao lado neste blog.

Quem quiser, depois, poderá clicar na capa logo abaixo para adquirir o livro impresso. Muita gente considera que é outra coisa o objeto-livro, que é preciso tocar com as mãos, sentir o peso, até mesmo cheirar o livro. Mas é bom, primeiro, conhecer o material: não vou comprando qualquer coisa, minha casa já está atulhada de livros. Então, façam o download – são uns segundos apenas.

O Silêncio de Deus é muito importante para mim. Em 1999, tive um livro premiado com esse nome. Nesses dez anos, tenho organizado mais de dez livros com esse mesmo nome e poemas diferentes (cheguei também a reunir novos poemas com novos nomes, quase pensando tratar-se do primitivo O Silêncio de Deus). Borges dizia que publicava um livro para se livrar das inevitáveis alterações – embora acabasse fazendo alterações nos textos, mesmo depois de publicados. Prometo não fazer alterações nos poemas de O Silêncio de Deus nos próximos dez anos (embora promessas sejam feitas porque existe a possibilidade de não cumpri-las).

A Árvore e a Cruz é o primeiro poema do livro – foi publicado em jornal em 1978. Estrangeiros, Monte Branco e Pureza são anteriores. Escuna é ainda mais antigo, do tempo de O Emparedado (1975). Desses que me lembro no momento. Quero dizer que O Silêncio de Deus contém os melhores poemas que escrevi e não publiquei em livro – e sobreviveram ao tempo, esse juiz implacável.

Há alguns poemas novos – ninguém é perfeito. Isto é, apesar da minha imperfeição humana, acredito ter bastante experiência para não ter escolhido mal esses poemas.

Continuo fiel a meus temas iniciais – a beleza e o efêmero, a ânsia de permanência e a precariedade de tudo, o estranhamento, a busca de uma identidade essencial. Temas universais, afinal de contas.

Como sempre digo, não sou nada original – e também é fato que não existem idéias novas – mas as imagens podem ser novas: dependem do olhar de quem as vê e o olhar de cada homem é único. Esse único torna múltiplas as imagens. E justifica o fato de se escrever poesia ainda.

Saboreiem da minha mesa, meus irmãos.

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11 comentários:

Wania disse...

Oi, José Carlos

Vim conhecer teu cantinho através da indicação da minha querida amiga Gi! Ela tem toda a razão, teu espaço é riquíssimo e tua poesia me encantou! E, coincidentemente, chego bem no dia do banquete... Já estou me deliciando com o que encontrei à tua mesa.

Agradeço à Gi pela oportunidade e a você pela fartura poética que encontrei aqui!
Voltarei muitas vezes!


Baixei teu livro ... “Escrevo na areia para o vento, Escrevo a palavra do silêncio”... e, rapidamente, já percebi que teu silêncio fala alto!

Obrigada pela partilha e pelo presente!

Bj carinhoso pra ti,
Wania

BAR DO BARDO disse...

Partilhar!

Fernando Campanella disse...

Bom dia, meu caríssimo amigo,obrigado por disponibilizar o download de teu livro. Abri agora de manhã e me deparei com o belo trabalho. Vou ler com vagar, saborear, e então te enviar alguns comentários. Admiro muito tua alma poética, teus conhecimentos, tua entrega à poesia ao longo da existência. E, sobretudo, nossos diálogos poéticos pela internet. Aprendo muito com você, nosso contato tem representado muito enriquecimento para mim. Almas que se entendem. Grande abraço, e uma trajetória brilhante de seu livro no coração do leitor.

"...Na pedra mais dura
forjar um estilo
de vaga ventura."

como é bonito isso, e ainda, "
"– Um poema não lês,
não se lê o olvido."

eu diria que um poema momentaneamente 'se recorda'.

Diga à Sônia que a foto das garças desta postagem é lindíssima.

Olha, eu queria postar meu material sobre as cigarras, fotos, e crônica e poema, que já venho coletando há mais de um ano, rs... mas estou com medo de parecer um pouco ingênuo, afinal é um tema tão gasto. Você trouxe algo novo em sua postagem sobre as mesmas.

Abração, ótimo domingo. Ah, uma perguntinha, vc ouviu lá o canto da sibila? Gostou do youtube. E viu que foto linda da Sibila de Delfos, que encontrei na internet?

Outro grande abraço, rs....

Adriana Godoy disse...

JC, vou tentar baixar o livro. De qualquer forma, sucesso nessa nova empreitada. Você merece, seus poemas são de excelente qualidade e lindos. Beijo.

TIEPO disse...

Já fiz o meu download! espero devorar ainda essa semana! gracias amigo! e vida longa a sua poesia!!!

Fernando Campanella disse...

O meu corpo balança sobre a água calma
Tão perto da terra e do céu,
Com o espírito que sopra sobre ele.
(J.Carlos Brandão)

Que beleza estes versos lá do 'Contemplação'. Olha, poderia me explicar melhor como se processa a impressão? Não tenho impressora em casa e gostaria muito de ter o livro. E como eu pagaria por ele? Acredito que temos que ter o livro impresso mesmo, fica mais 'saboroso'. Grande abraço, meu amigo. Parabéns.

José Carlos Brandão disse...

Caro amigo,

Pensei que estava simples... Veja no blog, na barra à esquerda, o ícone com a indicação: CLIQUE PARA ADQUIRIR. É só clicar e você vai direto ao site do Clube de autores, à opção COMPRAR, com as modalidades de pagamento. Foi assim que adquiri o meu exemplar - em 4 ou 5 dias eu o recebi (e foi no fim da greve dos Correios). Sim: o autor teve que comprar a própria obra.

Abraços,
Brandão.

nydia bonetti disse...

Tua mesa é farta Brandão. Já comecei a saboreá-la. Parabéns!

beijos

Gisele Freire disse...

Olá Brandão
Vim te agradecer!
Baixei o livro e vou ler com atenção e muito carinho, gosto muitíssimo da tua poesia.
Parabéns
Gisele

Unknown disse...

OBRIGADA........

lírica disse...

Brandão querido!
Obrigada, já baixei e vou ler, estou certa que vou gostar, tua poesia é maravilhosa.
Bj