O barco descansa na praia. A rede enrolada como uma teia de aranha ao sol.
Urubus ao lado esperam inquietos. Dois atobás passeiam imponentes dentro da água do mar. As ondas brancas quebram-se na areia, o peito branco dos atobás eleva-se muito alto.
Os pescadores limpam os peixes, logo jogarão as entranhas para os urubus e depois para os atobás no mar.
Brilhos de estrelas no escuro da areia monazítica, onde o mar desenhou árvores delicadas (procuro as flores e os frutos nos galhos).
Eu me ajoelho e contemplo e me recolho à minha concha.
O azul do céu e do mar, o verde das montanhas no espelho do mar.
Como um cachorro, o universo lambe os meus pés.
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