sexta-feira, 21 de setembro de 2012

O DEGOLADO

O DEGOLADO
(lendo Camus)

O homem nem sentiu quando o barbeiro

enlouqueceu e lhe cortou o pescoço
de um lado ao outro com a navalha.

Quando percebeu, estava no meio da rua

com a cabeça cada vez mais para trás,
e o sangue jorrando aos borbotões, ao sol.


 
 

3 comentários:

Tania regina Contreiras disse...

Há, sim, o reflexo de Camus aí. Gostei muito do poema.
Abraços,

Gustavo disse...

Me diz muito dessa loucura q vivemos hj. Loucos aos montes e gente sem percepção de si mesmo aos milhares...
Provovante, gostei!!

Abraço!

Bazófias e Discrepâncias de um certo diverso disse...

E então ele teve que conviver, até o fim da vida, com a sua cabeça cada vez mais inclinada, e o sangue a jorrar. rs. camus é tenso, mas necessário. abs