sábado, 29 de setembro de 2012

O DARDO




O DARDO

A rosa abriu-se na madrugada
como um bebê.

Tanto pólen no ar,
eu me inundo de volúpia,
é como a morte.

Espero a claridade do sol,
na água do dia.

Pétalas flutuam
leves, etéreas, femininas
como a pele de uma mulher.

Eu celebro a dor e o corpo
– o dardo do amor.


                                   José C. Brandão





Um comentário:

Gustavo disse...

O amor tem sempre essa faceta de vida ou morte. Coisas certas na vida de cada um. Talvez por isso essas rosas permeiem a existência de todos nós!

Abraço, poeta!